Domingo no parque parteII

Todo aquele ar de roça,misturado com o cheiro de árvores centenárias,misturado com jardins pergolados com aves e animais  domésticos;  dão ao parque um toque bastante peculiar, como se pudéssemos viver várias paisagens ao mesmo tempo. Degustando o meu pedaço de pizza natureba   em meio aquelas florzinhas de mato,sinto o cheiro de   infância.... Aspiro bem fundo me vejo no pasto do colégio adventista... Da uma saudade,nostalgia eu só quero  ficar em silêncio e lembrar......

Vejo então a uma construção: casa caipira. Bem no estilo pau-a-pique,com fogão de lenha e teto todo queimado pela fumaça do fogão. Muitas pessoas admirando:( urbano e uma raça engraçada: acha lindo  fogão á lenha , cama de treliça , falta de água e luz e adoraria  viver no campo..... há..há..há..........
Tem café de coador de pano feito no fogão a lenha, broa de milho, bolo de fubá e canjica.....
Muitos bancos de tronco de árvores , e pasmem uma roda com  violeiros.. e um publico bastante pitoresco  assistindo e comparecendo. Eu  me empolgo espírito caipira se apossou de mim entrei no clima. Peço uma xícara de café  preto e um pedaço de bolo de banana(  tio David fazia um parecido.). Que delicia lembrei do sitio da minha avo: era exatamente assim não tinha nem luz eléctrica e água encanada, o teto da cozinha era preto da fuligem, eu lembro que ás vezes estava  pegando café preto do bule,que ficava sobre o fogão a  de lenha, cheia de respeito olhava para cima  entre as vigas do teto todas enegrecidas pela fuligem habitat de uma  enorme aranha  preta caranquegeira. Eu olhava para ela e vice  e versa   dava um arrepio de imaginar que aquele ser asquerosa podia despencar em cima de mim fazendo seus malabarismos mas na verdade ela só queria se exibir para mim acho que ela sabia que eu era a única capaz de teme-la.
São tantas  lembranças,sento em uma mesa rústica de tronco de árvores com uma xícara de café na mão penso que lugar e esse que eu descobri nesta capital maluca? São Paulo e seus segredos em meio a tanta correria um refúgio caipira bastante acolhedor. Começo a olhar as pessoas; Algumas parecem que são de casa, estão sempre aqui neste lugar, e acabam meio que donas do pedaço. Um violeiro jovem,sarado, calça jeans  muito justa camiseta branca com o seu logótipo( sua estampa),as manquinhas da camisa dobradinhas , deixando a mostra Deltóides definidos.A os sapato aliás botas de couro de cobra(  mais provável que seja  imitação), bico fino típico de cantor romântico sertanejo. Cabelos adestrados no alto da cabeça moldurados em puro gel. Um sorriso rasgado, uma voz esganiçada, roca, sem melodia,mas persistente em cantar. O violão dedilhado em suas mão parece gostar do cantor e humildemente o acompanha. Segundo violeiro: senhorzinho de chapeú óculos  tipo John lennom.